
Hoje, dia 28 de março de 2021, comemora-se o Dia Nacional da Juventude.
Enquanto procurávamos inspiração para um post, encontrámos a seguinte reportagem, de 1990, e decidimos aventurar-nos numa reflexão, abaixo.
Dia Nacional da Juventude 2021
O futuro está por um fio. Ser jovem universitário é ter a visão toldada com incerteza e angústia.
São muitos os exemplos de como a juventude é ignorada pela sociedade, quando 30 anos depois do vídeo que mostramos, continuamos a ver o início da nossa vida adulta adiada por falta de habitação, emprego estável, educação de qualidade, etc.
Os problemas de um jovem estudante
É verdade que, face à altura da reportagem, houve evoluções positivas: o nr. de inscritos no ensino superior aumentou mais de 250%, de 157.865 (1990) para 396.909 (2020). Mas também é verdade que foi durante a década de 90 que começaram a ser cobradas propinas em Portugal. De 6€ em 1992 para 1063,47€ em 2016 foi sempre a subir! Felizmente o valor da propina máxima tem vindo a baixar e será em 2021, de 697€.

Mas, ainda que esta barreira no acesso ao ensino superior seja um problema real, outras situações podem ser merecedoras de mais atenção: destaque para o alojamento universitário em cidades como Lisboa e Porto, mas também Coimbra, Faro, Braga, etc., onde valores que rondam os 200€-300€ por quarto são limitativos para estudantes de famílias com menores rendimentos.
A falta de visão e estratégia é outro problema de fundo: o planeamento da oferta curricular do ensino superior é, muitas vezes, errático. E isto resulta, também, da falta de visão para o futuro do país, impossibilitando que se averiguem as necessidades futuras de profissionais qualificados.
Por último, não bastassem cursos por vezes desfasados das reais necessidades, os alunos confrontam-se ainda com métodos de ensino antiquados, semelhantes àqueles utilizados em 1990 ou até mais antigos. A sociedade evoluiu, mas continuamos a ter profs que vão para as aulas ler slides. Hello! Have you heard about Youtube tutorials?
O futuro está nas nossas mãos
Apesar de tudo, a luta pelos nossos sonhos e pelos direitos que queremos conquistar vale a pena! Não fosse a luta por propinas mais baixas, hoje poderias pagar quase o dobro!
Cabe-nos a nós, estudantes, e ao movimento associativo universitário definir prioridades, objetivos e mobilizar esforços, dando o exemplo de união necessário para fazer ver ao país que os jovens também têm direito a ter uma voz ativa na definição do futuro.
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